Politica
Politica
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso,
anunciou nesta quinta-feira (12) medidas para ampliar "ainda mais" a
transparência das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro.
Barroso
fez o anúncio no início da sessão do TSE, dois dias depois que a Câmara
rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso
em eleições, plebiscitos e referendos.
Segundo
Barroso, apesar de o tema parecer ter ficado “para trás”, é preciso dar
esclarecimentos às pessoas de "boa-fé" que ainda consideram que o
voto impresso tornaria a eleição mais segura.
“Nós
estamos tomando novas providências para ampliar a transparência e publicizar
ainda mais os mecanismos de auditoria”, disse Barroso. Nas últimas semanas, ele
ressaltou diversas vezes que a urna eletrônica é segura, auditável e que o voto
impresso, na verdade, levaria o país de volta a um passado de fraudes.
As
medidas anunciadas pelo foram:
A
ampliação do tempo, para um ano antes do pleito, em que o código-aberto das
urnas ficará disponível para partidos e técnicos;
O
convite para que partidos participem da inseminação do programa nas urnas;
A
criação de uma comissão externa composta por pessoas da sociedade civil e
instituições públicas para fiscalizar cada etapa do processo.
"Não
há como fraudar o programa, uma vez lacrado. E nós queremos fazer isso com a
participação e na frente de todos os partidos políticos, além do Ministério
Público e da Polícia Federal, que já participam normalmente desse
momento", explicou Barroso.
Além
disso, está em estudo a ampliação do número de urnas que participam do chamado
teste de integridade, uma votação paralela em que os votos são impressos e
depois conferidos no boletim de urna.
Barroso
voltou a afirmar que o sistema é seguro e constantemente atualizado e
aprimorado, “mas, como diz de respeito e consideração às pessoas de boa-fé, nós
estamos aumentando ainda mais transparência e publicizando os mecanismos de
auditoria e convidando os partidos e interessados a participarem de cada
passo”, disse.
“Não
vinham participando porque confiam e agora deveriam participar simplesmente
para eliminar a narrativa falsa de que as coisas não são transparentes”,
complementou o ministro.
O
ministro disse ainda, numa crítica indireta aos que contestam a urna mesmo
sabendo que ela é segura, que para a má-fé "não há solução". Barroso
afirmou ainda que o o combate a "ataques descontrolados" deve ser
feito com "amor ao Brasil".
“Para
a má-fé, nós não temos solução. Combatemos o ódio e os ataques descontrolados
com amor ao Brasil, verdade, transparência, educação e respeito ao próximo,
porque este é o país que nós queremos e a gente na vida ensina certo”, disse.
Notícias Relacionadas