Esportes
Esportes
Se o duelo entre Grêmio e La Equidad pouco valia em termos de tabela, ele serviu para o time sub-21 cumprir a missão de uma experiência internacional e ganhar "casca" para a sequência da temporada. Na noite da última quinta-feira, as equipes empataram em 0 a 0 no Equador, no encerramento da fase de grupos da Sul-Americana.
A classificação às oitavas já tinha ocorrido na semana passada com a vitória do time reserva sob o Aragua. Sendo assim, o Tricolor mandou uma equipe sub-21 de apenas 15 atletas para cumprir tabela diante dos colombianos do La Equidad.
Os jovens executaram a missão com valentia, mas o pênalti perdido por Guilherme Azevedo impediu a perfeição. A partida ocorreu em Ambato, no Equador, numa altitude de 2,6 mil metros. O meia Pedro Lucas, que seria titular, sequer treinou na quarta-feira e foi desfalque por sentir os efeitos do local, como queda de pressão.
Em campo, o goleiro Gabriel Chapecó, ainda no primeiro tempo, pediu um rápido atendimento médico por falta de ar. Logicamente, nos minutos finais do empate, outros jogadores davam sinais de fadiga.
— Na palestra, falamos sobre as características que um jogador do Grêmio tem, da entrega, o que representa ser Imortal. O que representava vestir a camisa em momentos como esse, situações adversas. Passamos essa importância de ter a alma copeira, castelhana, que o Grêmio tem que ter — analisou o técnico interino Thiago Gomes em entrevista após o jogo.
Outro desafio foi encarar a intimidação da equipe colombiana, que dividia de forma ríspida e não economizava nas faltas. Prova disso foi a entrada de García em Elias: um lance em que não foi marcada a falta, mas tirou o atacante do resto do jogo por uma torção no tornozelo esquerdo.
Fernando Henrique e Victor Bobsin sofreram ao menos três entradas duras por baixo. E tudo isso apenas no primeiro tempo. Ainda assim, Azevedo criou chance perigosa aos 19, e Rildo, sem ângulo, errou o alvo aos 34, com o goleiro já batido.
O claro intuito de intimidação do La Equidad passou do limite nos primeiros minutos da etapa final. Omar Duarte, que já tinha cartão amarelo, recebeu o segundo e foi expulso por deixar o cotovelo no rosto de Sarará.
Os garotos do Grêmio devolveram algumas provocações, mas seguiram na tentativa de jogar futebol. Chegaram ao ápice com Rildo, que passou por dois adversários e foi derrubado por García na área. Azevedo pediu para bater o pênalti e telegrafou o chute rasteiro, que Román espalmou para escanteio.
O La Equidad apostava no pouco poderio de bola aérea que tinha. Tudo piorou aos 36, quando Correa empurrou Azevedo de forma desproporcional e recebeu o cartão vermelho direto pelo árbitro Marlon Vera.
Entretanto, com apenas duas trocas realizadas, o fôlego gremista já estava esgotado. Os garotos até chegavam na área adversária, mas faltava perna e concentração para definir as jogadas.
Assim, a experiência foi cumprida. Os garotos que estiveram no Equador retornam a Porto Alegre mais maduros para tocar suas carreiras. E isso só será de benefício para Tiago Nunes, que terá à disposição mais jovens do que já possui visando todo o restante da temporada 2021.
Enquanto a delegação só deve retornar ao Brasil na noite desta sexta-feira, os titulares que ficaram treinando na capital gaúcha se preparam para a estreia no Brasileirão. No domingo, o Grêmio enfrenta o Ceará, às 16h, no Castelão.
G1
Notícias Relacionadas