Esportes
Esportes
primeira derrota no Inter pela Sul-Americana, a segunda sob o comando de Mano Menezes, veio com uma apresentação aquém do esperado. A queda por 2 a 0 para o Colo-Colo, ainda que tenha a controversa anulação do gol de Estêvão, ocorreu pelos erros de marcação e a dificuldade para construir as jogadas quando tinha a bola no Monumental David Arellano.
Quis o destino que, justamente no jogo em que igualou as 17 partidas do antecessor Alexander Medina, Mano não conseguiu ver as ideias que implantou no time nestes dois meses de trabalho em prática. Os erros tão comuns da época do uruguaio reapareceram.
Heitor, que recebeu uma chance como titular após Bustos sofrer uma lesão na coxa direita, ficou abaixo do argentino. Pouco atacou e sofreu na marcação, inclusive falhou no gol de Lucero, aos 11 minutos do primeiro tempo.
Carlos de Pena, o ponto de equilíbrio, ficou fora por um desconforto na coxa esquerda. Johnny recebeu a oportunidade, mas não manteve o padrão do charrua. O resultado foi um meio sem criação, também pela pouca contribuição de Edenilson, e que cedia espaços generosos aos adversários.
- Fizemos um jogo abaixo. Demoramos um pouco. Avaliamos muitas vezes mal a condição de se jogar. O campo oferecia poucas condições para o nosso jogo. Na tentativa de construir pelo meio, perdemos muitas bolas. Criamos pouco para construir um resultado diferente. Colo-Colo foi merecedor da vitória - reconheceu o treinador.
Inter erra atrás e é vazado
O Colorado até teve uma bola na trave com Pedro Henrique antes de sofrer o gol. Antes, porém, já mostrava fragilidade e alertava para o que viria. Só que, aos 11, os problemas defensivos deixaram o time atrás do placar. Após lançamento, Heitor permitiu o quique da bola dentro da área. Costa aproveitou, tomou à frente e tocou para Lucero, que se livrou de Johnny e chutou no canto esquerdo de Daniel.
O gol empolgou os chilenos e atrapalhou ainda mais os gaúchos. O Colo-Colo apostava nas subidas pelos dois lados e colocava a bola na área, na qual os defensores sofriam para afastar. Solari, principalmente, atormentava os visitantes. A supremacia mandante fez o Inter rumar ao intervalo com uma desvantagem barata, ainda que Alan Patrick e Pedro Henrique lutassem.
O desempenho fez Mano voltar do vestiário com mais uma troca, já que havia perdido Renê aos 27 minutos com novo problema na coxa esquerda. Heitor acabou sacado para a entrada de Rodrigo Moledo, o que poderia ter sido feito desde o início.
Sistema defensivo não segura
Mas a mudança não causou impacto. Pelo contrário. Aos nove, o sistema defensivo voltou a falhar e permitiu que Gabriel Costa avançasse. Quando parecia que perderia a bola, Solari apareceu, driblou Moledo e, antes que Vitão desse o carrinho, chutou para ampliar.
Com um resultado ainda mais delicado, o Inter tentou se atirar ao ataque. Mano promoveu as entradas de Mauricio, David e Estêvão. Porém, o meio-campo seguia sem construir. Quando tinha a posse de bola, os comandados de Mano não conseguiam levar a jogada adiante e o Colo-Colo recuperava para avançar, ainda que sem causar maiores danos a Daniel.
O Colorado só foi arriscar na etapa final aos 40, quando Mauricio chutou da intermediária, mas a bola saiu. Dois minutos depois, o meia acionou Moisés para o cruzamento. A bola passou por toda a área e encontrou Estêvão, que chutou de primeira para o fundo das redes. Apesar da noite pouco inspirada, o resultado melhorava a situação para o jogo de volta no Beira-Rio.
Veio, então, o requinte cruel da triste terça em solo chileno. O árbitro Patricio Loustau recebeu o comunicado da equipe do VAR que, na origem da jogada, a bola tinha batido em Edenilson. Suscitava a dúvida se no braço ou não. Após revisar, o argentino entendeu que houve toque na mão do capitão colorado e invalidou o gol.
Era o desfecho dolorido para a obrigação de uma missão inglória. Com o resultado, o Inter precisa vencer por, pelo menos, três gols de diferença para garantir classificação às quartas de final da Sul-Americana. Se derrotar o Colo-Colo por dois gols, a decisão será nas cobranças de pênaltis. A partida de volta será na próxima terça, às 21h30, no Beira-Rio.
Antes, no entanto, o Colorado volta a concentrar forças no Brasileirão. O time de Mano Menezes enfrenta o Ceará no sábado, às 19h, no Castelão.
G1
Notícias Relacionadas